Vejo O APRENDIZ de Roberto Justus (na Record passa outras coisas, alem do Pica-pau) e descubro que não tenho todos os títulos, todas as viagens, todos os conhecimentos linguisticos, todos os passaportes... descubro que não tenho metade do guarda-roupa dos aprendizes; não uso os mesmos perfumes que eles, e não leio o caderno econômico dos jornais em inglês... Porém percebo que eu tenha algo que eles não têm: o conhecimento da cultura de massa. É tão óbvio o que Robertos Justus procura, é tão claro os pensamentos deles durante as provas. Porém, como mania de quase todos os tupiniquins, os aprendizes querem dificultar! A começar pelo nomes das equipes: FOCCUS (com dois "c's") e MASTERS (isso é palavrão?). Na década de 80 é que era chique os nomes ingleizados, hoje podemos falar o português vulgar ou culto, porém nada de ingleizar as palavras.
Quer exemplo de gente viajada e que fala um bom português? Aguinaldo Silva. Acompanhar suas novelas é uma verdadeira saga a diversidade linguistica do Brasil, ele consegue abusar das nossas palavras, isso o torna único nos xingamentos ou elogios.
Voltando ao Roberto Justus. A prova de 3a feira passada consistia em cada equipe montar um comercial de 30's para a TV e material impresso. Uma equipe teve a capacidade de criar um roteiro onde uma moça, irada pelo atraso do namorado para o jantar romântico, quando o vê chegar olha primeiro para os pés dele e, percebendo que os sapatos estão brilhando, o perdoa. Quando vi o resultado do comercial, me lembrou as propagandas de margarinas, mais ao invés de me emocionar, eu queria enfiar minha cabeça dentro do meu abajur nova iorquino!
Não vamos dificultar... não sabe fazer? Tenha em mãos o telefone ou email de quem sabe.
