2/17/2008

A PLANTA


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Acabo de assistir as 5 temporadas de SIX FEET UNDER (A Sete Palmos). Um roteiro emocionante, que me deixou com um nó na garganta durante todo o desenvolvimento e do desfecho final: TODOS A ESPERA.

Não vou falar apenas do memorável e intenso final, mais de todo o contexto que o envolveu. Impossível ficar alheios aos detalhes imaginados por Allan Ball (criador). Os momentos do seriado são dramáticos e depressivos mas, de uma certa forma, o capítulo final passa uma grande mensagem de esperança. Não devemos ter medo de não ser o que deveríamos ser, de não estarmos certos, de não estarmos prontos. Devemos enfrentar a vida de frente. Conhecê-la, aproveitá-la, vivê-la.

Essa mensagem fica clara nos dez minutos finais, onde acompanhamos rapidamente a trajetória final dessa família tão querida e problemática ao longos dos próximos oitenta anos. Agora mesmo parece que estou vendo a Claire com seu rosto numa expressão mixta de: alegria, dor, esperança, medo... o seriado se encerrou de forma mais do que perfeita.

Um dia lI um texto, que casa perfeitamente com A SETE PALMOS:
"Cedo ou tarde suas roupas ficam gastas e você se livra delas. As fotos que você tirou anos atrás se perdem por trás de guarda-roupas e caixas velhas. Aquele cd que você costumava idolatrar perde a graça. Aquela pessoa que que você pensava ser seu melhor amigo se torna um simples conhecido em menos de um ano. O amor secreto que você sentia por alguém e jurava ser eterno desaparece sem que você perceba. Depois dos vinte anos, seu ciclo de amizades não é tão extenso como costumava ser quando você era jovem. E, eventualmente, um dia você morre. É assustador pensar em não fazer mais parte do mundo dos vivos, e pior ainda não saber para onde se vai e se existe uma vida após a morte. Imaginar que as pessoas que você ama vão seguir com suas vidas e vão lembrar de você cada vez menos com o passar dos anos é suficiente para fazer você algumas vezes chorar. A morte é isso no final das contas, o medo de ser esquecido, o medo de deixar para trás tudo aquilo que um dia foi a parte mais importante e querida de toda a nossa existência."

De uma forma ou de outra, existe sim muita beleza e uma linda mensagem no final dessa série. É um sentimento único, que somente quem assistiu pode saber como é.




Palmas aos roteristas!"

2/13/2008

VIVER



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Viver é nao ter a vergonha de ser feliz, ja diz a letra da música de Gonzaguinha. Fico me perguntando o que é "viver"(?) e logo vem um turbilhão de coisas: gritar, sorrir, correr, chorar, beijar, amar, odiar... e completo com o Roberto Carlos em sua música que diz: "...o importante é que emoções eu vivi".
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Quer emoções fortes? Saia do trabalho e chegue em casa no transporte coletivo. No"ônibus" divide-se tudo: ar, cheiro... e inúmeras bactérias. Sem contar que divide-se, ainda, o gosto musical da administração da empresa, ou seja, uma rádio que só toca música sertaneja.
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Enfim, nesta vida a gente tem que conhecer de tudo; viver essas emoções não tem preço! Sair do casulo, ousar no diferente, vê caras novas... aprende-se com isso a valorizar o muito que temos!
Some-se ao solavanco do ônibus (que pára a cada 500m para subir mais gente), uma bolsa com roupa de academia e uma boa conversa com um amigo intelectual pelo celular. O tema da conversa? seriados (Carrie, Samantha, Ruth, Nate, David, Claire)! teatro! cinema (O Caçador de Pipas, PS Eu te amo)!
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É... gente cult também anda com o povão; é com eles que se encontram as maiores riquezas... é onde está os "milagres": um pai de família que ganha 380,00 bruto e sustenta a esposa e filhos... o jovem que ganha 380,00 e ainda consegue pagar a mensalidade da faculdade... o adolescente que foge das drogas!
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Eu aprendi muito. Pude fazer a "escolha" de andar um dia em um ônibus e aprendi que estou no caminho certo: respeitar o próximo!




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