3/28/2010

DOMINGO


Tenho pânico de domingo. É isso mesmo: acho o domingo um dia frio, mesmo com esse calor nosso tropical. Domingo me lembra muito a palavra saudade: da escola biblica, do almoço, da temperatura máxima, do zig-zag do controle remoto, dos ensaios, do louvor.

Domingo é assim: uma dia de ter saudade. Da visita dos parentes, do passeio no final da tarde, da ida ao shopping, da leitura de um bom livro, do abraçar da pessoa amada.

Não acho que foi uma boa idéia fatiar o tempo em anos, meses, semanas, dias... horas. Isso tira a magia do eterno, deixa-nos ansiosos, preocupados. Um tempo perdido é um tempo que não volta mais. Por isso queria que não houvesse esse contação de números, que a vida fosse apenas palavras, que não houvesse fim, no máximo, uma pausa.

Assim, poderiamos esperar e dizer: o melhor presente, sempre será o amanhecer do dia seguinte.