11/28/2010

CORAÇÃO

Já tive meu grande amor. Já acreditei neste meu grande amor. Amar é acreditar e eu acreditei. Depois de ter vivido esse amor eu fiquei exigente demais em matéria de amor...

Guardei esse amor sob várias chaves para que nem mesmo ele me faça apaixonar-me novamente.

Olho para trás e vejo a estrada que percorri e choro. Choro porque acho que foi fascinante chegar onde estou agora – absoluto: em carreira e coração. O que me parecia incompreensível e difícil, hoje eu entendo como algo que tinha que acontecer. As experiências serviram para preparar-me para o que estava – e ainda esta – pela frente.

Por isso prefiro amar um amor impossível, distante, platônico e divertir-me... sem deixar meu coração à toa na pista de dança: não levo meu coração para a noite, sei que não vou encontrar meu grande amor... príncipes e princesas só no mundo distante de Elizabeth Alexandra Mary – a rainha Elizabeth II.

11/24/2010

MUDAR

Em algum ponto das nossas vidas, todos acabamos chegando a um momento em que somos, de alguma forma, compelidos a olhar para trás e refletir de forma consciente sobre a vida que levamos. Sentimos a necessidade de compreender de onde viemos - porque desejamos ver com mais clareza para onde estamos indo e para onde, de fato, queremos ir; buscamos uma forma de equilibrar aquilo que vivemos e aquilo que ainda nos falta viver, com o desejo, talvez, de encontrar um propósito mais significativo para a nossa existência.

Algumas pessoas decidem ser elas mesmas quando estão mais velhas, mais perto do fim de suas vidas... e qual a idade certa para ser feliz consigo mesmo? Qual a idade de revelar-se ao mundo? Quando temos que deixar de ser aparência e nos tornarmos real?

Acho que passamos boa parte da vida acomodados, tão acomodados que não sentimos a necessidade de olhar para dentro de nós... preguiça de fazermos perguntas básicas ou medo de achar as repostas?

11/14/2010

TITITI

05 razões porque gosto de TiTiTi e 05 razões porque desgosto de TiTiTi


Já disse anteriormente que, depois de SENHORA DO DESTINO, voltei a acompanhar uma novela que é TITITI. Fiquei a imaginar e tentei enumerar porque amo e porque também odeio essa novela:

Razões porque gosto:

01 – A história, em seus diversos núcleos, mostra que é possível mudar de vida, mudar de rumo, construir um novo tempo, ou seja: nunca é tarde para recomeçar. Veja a historia do Jorgito, exemplo claro que o amor pode recuperar as pessoas.

02 – A sociedade é vista de diversos ângulos: da tradicional família de Giuglia Gam (Bruna) à moderníssima família de Alexandre Borges (Jacque Cleclér), passando por casais separados e amigos (a ótima Malu Mader e Murilo Benício), além de discutir a homossexualidade de forma natural.

03 – Os personagens se aproximam da realidade: estudam, trabalham, sofrem, pagam suas contas, tem passado etc.

04 – A dose certa de humor dos núcleos de Claudia Raia e Murilo Benício e também a dose certíssima de drama de Isis Valverde e Dira Paes.

05 – O núcleo infantil da novela é antenado, inteligente, cult... resumindo: a cara da geração Z.

Razoes porque desgosto:

01 – O horário é muito ingrato. Bendita internet que me permite assistir a todos os capítulos no sábado e domingo.

02 – A escolha errada das personagens que fazem par romântico com Humberto Carrão (Luti). Luti bate o maior bolão com Ariclenes e Francisco Torrão, porém deixa a desejar com seus pares românticos.

03 – Os excessos de braços, pernas e caras que Alexandre Borges deu ao personagem. As vezes beira o ridículo, deixando Claudia Raia reinar absoluta, aliás ela esta muito bem (corpo e energia).

04 – A falta de sintonia do ator que faz Pedro Spina. O cara não combinou com a personagem e deixa a desejar em praticamente todas as cenas.

05 – Saber que novela já passou de 100 capítulos e esta preste a terminar.

11/01/2010

HISTORIAS


Olhei da janela do meu carro e vi a cena desta foto: duas vidas, duas histórias, dois mundos – cada um tão diferente, tão igual, tão real para seus protagonistas. A mulher chorava por seus lixos internos, na ânsia de sobreviver; o homem juntava os lixos externos, também para sobreviver.

A cena poderia ser comum, se não fosse o local em que eu estava: em frente ao Instituto Treinamento em Gestalt Terapia (http://www.itgt.com.br/). Ela aguardava o momento de ser atendida pelo psicólogo e ele, possivelmente, aguardava matar mais um leão para sobreviver àquela sexta-feira.

Senti vontade de sair, conversar com aquela mulher e dizer-lhe: há e sempre haverá uma saída, um caminho, uma luz. Tive vontade de tirar com a mão aquela dor que ela sentia, mais não pude: ela estava longe demais, distante demais e eu não podia quebrar-lhe o seu casulo.

Eu não era diferente de nenhum desses dois.