3/21/2008

PASCOA



Ninguém no mundo tinha mais razão para se sentir triste e miserável do que esse homem, e ainda assim ninguém foi mais alegre do que ele.

Seu primeiro lar era um palácio. Dispunha de muitos servos, o estalar de dedos mudava o curso da história. Seu nome era conhecido e amado. Ele tivera tudo – riqueza, poder e respeito.
E, agora, ele não tinha nada!

Ele poderia ter-se sentido miserável e triste. Poderia ter-se sentido amargurado. Tinha tudo para se tornar um vaso cheio de ira.
... Mas não foi. Ele era alegre.
Rabugentos não atraem seguidores. As multidões o seguiam por onde quer que ele fosse.
Crianças não se aproximam de pessoas tristonhas. As crianças se aglomeravam em torno desse homem.
Por quê? Ele era alegre! Jesus personificou uma alegria indomável. Uma alegria que se recusava a render-se diante dos ventos da adversidade. Uma alegria que ficava firme mesmo diante da dor. Uma alegria cujas raízes penetravam a rocha sólida da eternidade.
Que tipo de alegria é essa? Que contentamento é esse que ousa desafiar a adversidade? Que ave é essa que canta quando ainda é noite? Qual a fonte dessa paz que vence a dor?
Eu a chamo de deleite sagrado.
É sagrado porque não é terreno. O que é sagrado é divino. E essa alegria é divina.
É deleite porque o deleite satisfaz e surpreende.” (adaptado)