Aprendi que o tempo não cura uma ferida, mas de alguma forma, de um jeito misericordioso, diminui o tamanho dela.
9/12/2009
KANSAS
Palmas, Aplausos... é a vida!
A gente podia cansar de ficar triste, cansar de ficar estressado, não pensar naquilo que a gente não quer pensar... é possível ter uma vida de comercial de margarina?
Acho que a felicidade esta no encontrar o caminho de volta para dentro de si mesmo. Alguns encontram esse caminho logo cedo, outros na juventude, outros na vida adulta e outros ficam eternamente procurando. Nesse quesito não cabe a máxima de que o “importante é a caminhada”. Temos pressa de encontrar a plenitude da felicidade.
O grande problema em demorar encontrar a felicidade é que perdemos demais durante essa procura, perdas irrecuperáveis, danos nunca mais consertados. Adélia Prado foi feliz quando escreveu: Eu não tenho tempo algum, porque ser feliz me consome.
Eu torço para que todos encontrem o caminho de “Ariadne”. O problema é que ocupamos muito tempo com nossas dúvidas, com nossos medos. Perdemos tempo demais apenas olhando a pecadora, enquanto o que ela mais precisa é de uma mão amiga. Nossas angústias não nos permitem revelar sequer a nós mesmos quem somos nós, ou pior, temos preguiça de procurar em nós mesmo quem somos. G. Chalita, que diz: as máscaras aos poucos vão tomando forma do rosto e já não se sabe o que é natural e o que é disfarce. Demoramos tanto tempo tristes, angustiados e disfarçando, afinal a sociedade quer pessoas que agradam e esquecemos de ser nós mesmos.
Como Dorothy encontrou o caminho de volta para Kansas... que também encontremos o caminho de volta à felicidade.