Aprendi que o tempo não cura uma ferida, mas de alguma forma, de um jeito misericordioso, diminui o tamanho dela.
10/18/2009
ESPELHO
Olhei novamente para aquele jovem: cheio de vida e de conflitos. Cheio de respostas e de ansiedades. Cheio de alegrias e de lágrimas. Onde estava o segredo? Porque o destino teimava em brincar?
Olhei novamente para aquele jovem: por fora um largo sorriso, uma gargalhada cujo eco que se podia ouvir há vários quilômetros; que era uma raridade alguém acusá-lo; que tinha tanto amor para os outros e pouco amor para si; que buscava uma saída num caminho cuja luz o haviam tirado, cuja bússula estava estragada, cujo mapa havia cortado a parte principal.
Pela terceira vez olhei para aquele jovem parado diante do espelho: confuso e com as respostas, sozinho e rodeado de pessoas queridas, triste e com todos os motivos para sorrir.
Talvez, apenas talvez, se olhasse no oceano dos seus olhos descobrisse a reposta certa, mais era necessário alguém tira-lhe as mãos do seu rosto.
A sua procura: uma paz, sem culpa.